O Que é, Como é Feita, Existem Riscos, Quais são as Vantagens e Desvantagens?
O Que é e Como é Feita a Cirurgia Vascular Convencional?
A cirurgia vascular, também conhecida como safenectomia, pode ser de três tipos: convencional (a que falaremos a seguir), a laser ou endovascular.
A cirurgia vascular convencional consiste na retirada de veias safenas.
A veia safena é identificada em dois pontos, um na região da virilha e outro na parte interna do joelho ou na parte interna próxima do tornozelo. Após identificadas e isoladas, são feitas incisões nesses dois pontos da pele, um pequeno orifício na parte distal da veia e introduz-se internamente um fino cabo de aço, chamado de fleboestrator, por toda a extensão, onde é realizado a ligadura e o corte da veia, fazendo-se em seguida a sua extração no sentido de cima para baixo.
Existem Riscos? Quais são as Vantagens e Desvantagens da Cirurgia Vascular Convencional?
A cirurgia para a retirada da veia safena, ou safenectomia é uma cirurgia um pouco mais complexa do que outros tratamentos vasculares, como a escleroterapia com espuma, escleroterapia a laser ou escleroterapia com glicose, por exemplo. Porém, por outro lado, tem a vantagem de ser um tratamento definitivo para varizes.
A safenectomia, apesar de ser uma cirurgia com poucos riscos, pode ter algumas desvantagens, como a necessidade de suturas na perna. Em até 20% dos pacientes corre o risco de ter hematoma e dores no processo de sua retirada, alteração de sensibilidade na pele e manchas escuras, levando de 20 a 30 dias para saírem.
Como é Feito o Tratamento através da Escleroterapia com Espuma?
A escleroterapia com espuma densa é feita através da aplicação de um medicamento chamado Polidocanol em forma de espuma diretamente na veia varicosa (varizes), fechando-as.
Antes do tratamento, o médico responsável por esse procedimento solicita ao paciente a realização de um exame de ultrassom vascular. Com isso ele consegue verificar qual o melhor procedimento para cada paciente.
Essa substância esclerosante, ao ser injetada no vasinho, ela se expande e ocupa o lugar do sangue, provocando a formação de fibrose (cicatriz). O sangue então deixa de fluir, a veia seca e é absorvida pelo organismo.
O procedimento é feito no próprio consultório médico, sem necessidade de internação e anestesia. Após a sessão de escleroterapia com espuma, a pessoa pode caminhar normalmente, não é necessário ficar em repouso. O médico pode prescrever o uso de meia elástica durante duas semanas.
Com a escleroterapia é possível tratar telangiectasias (aqueles vasos parecidos com teias de aranhas, muito frequentes nas coxas e atrás dos joelhos), varizes de maior calibre (tortuosas e com relevo) e até mesmo a veia safena. Em varizes de grande calibre, podemos ter uma boa resposta com uma aplicação. Mas, dependendo do calibre do vaso e da quantidade das varizes, podem ser necessárias cerca de quatro aplicações para um resultado satisfatório.
Quais são os Riscos da Escleroterapia com Espuma?
A escleroterapia com espuma é um procedimento seguro e possui baixos riscos, sendo apenas possível perceber pequenas alterações locais relacionadas à aplicação da espuma, como por exemplo ardência, inchaço ou vermelhidão da região que passam dentro que algumas horas.
Apesar de não oferecer riscos, em alguns casos raros a escleroterapia pode resultar em algumas consequências, como por exemplo trombose venosa profunda e embolia, que pode causar o deslocamento de coágulos pelo corpo e atingir o pulmão. Além disso pode haver reação alérgica grave, formação de feridas de difícil cicatrização ou hiperpigmentação da região.
Por isso, é importante que o cirurgião vascular seja consultado antes da realização da escleroterapia para que sejam avaliados os riscos da realização desse procedimento e evitar complicações.